Gerenciamento de Decisões
As Cinco Armadilhas mais Comuns para a Tomada de Decisões Informada
Por Antonio Plais, inspirado na postagem original por Ton Baas no blog da BiZZdesign. Adaptação, tradução e reprodução autorizados.* Todos nós já experimentamos momentos onde tivemos que tomar decisões grandes ou importantes sem qualquer forma de orientação, ajuda ou suporte. É um fato bastante conhecido que muitos gerentes tomam suas decisões com base na sua intuição. Isso pode ser adequado para pequenas decisões, mas e as grandes decisões estratégicas? A tomada de decisão informada está se tornando uma tendência, com muitas organizações abandonando as decisões baseadas na intuição e incorporando ferramentas e análises analíticas para ajudar a alcançar a melhor decisão possível.
Com a nossa experiência em gerenciamento de mudanças e tomada de decisão, nós ajudamos as empresas a tomar as decisões certas. No entanto, nós descobrimos que existem várias armadilhas no caminho da tomada de decisão informada. Nós compartilhamos, nesta postagem, as cinco armadilhas mais comuns que temos encontrado.
5 - Tratar todas as decisões da mesma formaUma armadilha bastante óbvia, mas ainda assim uma que nos aparece mais vezes do que gostaríamos. James Taylor, no livro Decision Management Systems: A Practical Guide to Using Business Rules and Predictive Analytics, discute as diferenças entre decisões estratégicas, táticas e operacionais. Decisões operacionais tendem a ser estruturadas - fáceis de automatizar e podem ser automatizadas bem rápido. No entanto, existe uma pegadinha em relação à automatização: nem todos os métodos de automatização funcionam igualmente bem para todos os níveis de decisão. É melhor ter processos de tomada de decisão e técnicas analíticas diferentes para cada um destes níveis.4 - Não refinar seus modelos de decisãoOutro ponto que sempre aparece quando falamos sobre a tomada informada de decisões são os modelos e ferramentas utilizadas. No mundo atual é praticamente impossível não pensar em automatização ou no uso de sistemas de TIC. O mesmo acontece com a tomada de decisão, na qual 'big-data' se tornou a base para muitas visões analíticas sobre a tomada de decisão. No entanto, nem todas as decisões utilizam os mesmos dados ou mesmo o mesmo modelo que outras decisões - você precisa garantir que o seu modelo está alinhado com a decisão a ser tomada e que ele incorpora os dados corretos para isso.
3 - Não combinar o julgamento automatizado com o julgamento humanoTenha sempre em mente que modelos e ferramentas não são um substituto ou uma solução perfeita para as decisões humanas. Onde o julgamento humano é necessário, os tomadores de decisão deveriam utilizar os sistemas de inteligência e apoio à decisão em um modo 'gerenciado por exceção'. Na medida em que nos acostumamos que os sistemas tomam as decisões no nosso lugar, nós tendemos a nós tornar alienados e perder o controle sobre os possíveis enganos que estão sendo cometidos. É bom manter uma estreita colaboração e permanente supervisão dos sistemas automatizados, apenas para manter a certeza de que há uma pessoa que pode ser chamada caso alguma coisa fora do comum aconteça.
2 - Não conhecer sua audiênciaQuando pensamos sobre a tomada de decisão informada, a ligação com as representações das regras de negócio é muito forte. Uma regra de negócio é uma forma de estruturar a lógica das decisões, de forma que é importante representá-las bem. Larry Goldberg e Barbara von Halle, no livro The Decision Model: A Business Logic Framework Linking Business and Technology, discutem as várias formas de representação das regras de negócio, e apontam que na maioria dos casos as regras de negócio (ou regras de decisão) estão enterradas no código dos sistemas ou na cabeça das pessoas, tornando difícil vê-las, entendê-las ou modificá-las quando necessário. Decisões levam a mudanças que você precisa 'vender' para sua audiência. Com as representações das regras de negócio indo desde as fáceis de compreender (com pouca profundidade) até as extremamente complexas (com maior profundidade), você precisa entender as pessoas com as quais você está trabalhando para defini-las, bem como as pessoas para as quais você estará 'vendendo' as decisões. Por exemplo, uma instituição de saúde retirou todas as regras de negócio codificadas nos sistemas e assim pode visualizar a lógica das decisões, bem como avaliar o impacto de mudanças na lógica. Eles foram capazes de transferir a gestão da lógica para o próprio pessoal de negócio, ganhando agilidade, flexibilidade, segurança e menores custos. Isso tornou mais fácil rastrear inconsistências e melhorar o processo de tomada de decisão. Conhecer a sua audiência e mudar a representação das regras de negócio de acordo, permite que você melhore significativamente a utilidade das suas regras de negócio. 1 - Desconectar decisõesUma das maiores armadilhas é desconectar a tomada de decisão daquilo que a decisão realmente representa para a organização e para o seu futuro. Cada decisão tem uma consequência que pode ser rapidamente perdida no processo de automatização ou na complexidade que advém do próprio processo de decisão em si. Garantir que o modelo leve em consideração quaisquer consequências derivadas da decisão é essencial para estabelecer uma sólida tomada de decisão. Atribuir um curador com mandato adequado e objetivos de negócio claros para o resultado da decisão ajuda a manter a lógica de decisão alinhada com os objetivos da empresa. ConclusãoAo fim e ao cabo, nós vemos que a automatização está se tornando cada vez mais uma parte integral da tomada de decisão. Ela facilita as tarefas repetitivas do dia a dia e economiza tempo (e, consequentemente, dinheiro) para cada decisão tomada. Pequenas decisões automatizadas, conectadas a processos de negócio também automatizados, são fundamentais para a transformação digital que as organizações estão buscando para enfrentar um ambiente de negócio cada vez mais mutável e, ao mesmo tempo, regulamentado. No entanto, é essencial diferenciar entre os vários tipos de decisão, e não deixar que os modelos e ferramentas tomem conta de tudo, mesmo quando não trazem vantagens para o processo. É importante realizar que muitas decisões precisam da entrada e da análise humana. Desde que você leve em consideração qual tipo de modelo é adequado para a sua audiência, e os eventuais problemas que possam ocorrer durante a modelagem, suas decisões serão tomadas em uma base quase perfeita - melhorando as operações da sua empresa. *Antonio Plais é proprietário e consultor-chefe na Centus Consultoria. Ton Baas é consultor na BiZZdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria. |
O que é Gerenciamento de Decisões?
O que são Decisões e onde elas são relevantes?Decisões, complexas ou simples, são tomadas milhares de vezes por dia, todos os dias, nas organizações. Muitas destas decisões são humanas, mas um grande numero delas são, ou estão sendo, automatizadas. Decisões são, tipicamente, reconhecidas através de palavras de ação, tais como 'determinar', 'calcular' ou 'estimar'. Por exemplo, em um processo de integração de clientes (onboarding), são coletados detalhes do cliente e são tomadas decisões para: 'determinar diligência prévia', 'determinar produtos adequados' dentro da área de interesse do cliente e determinação dos riscos associados, 'determinar nível de risco para este domínio', 'calcular custo dos produtos', bem como várias decisões através dos processos de 'conheça seu cliente' e prevenção de lavagem de dinheiro. Uma vez integrado, podem haver muitas outras decisões, tais como 'determinar produtos complementares' para criar valor adicional para o engajamento do cliente. Nós usamos o termo lógica de negócio para representar como a conclusão da decisão é determinada a partir de um conjunto de dados de entrada. Tradicionalmente, nunca existiu um mecanismo robusto e rigoroso para extrair a lógica de negócio relacionada com a tomada de decisões de dentro dos domínios dos processos e dos dados, outro que vários documentos não padronizados e planilhas eletrônicas. Disto resulta que a lógica de negócio acaba perdida em um mar de diferentes domínios, documentos e formatos. A mudança e a automatização se torna extremamente cara e de alto risco. O gerenciamento de decisões muda o jogo, através da criação de um domínio de conhecimento específico, separado dos processos e dos dados, onde as decisões são determinadas, definidas, testadas, governadas e analisadas. O advento de um modelo robusto e rigoroso (O Modelo de Decisão) fornece os princípios e modelos de desenho que garantem que as decisões possuem integridade, e são inequívocas, acuradas e consistentes através da organização. A combinação de gráficos intuitivos e tabelas inteligentes orienta o entendimento comum da lógica de negócio das decisões de forma independente dos papéis (analista de negócio, especialista no negócio, gerente de produto, auditor, desenvolvedor, testador, etc.). O resultado é um conjunto de serviços de decisão reusáveis que podem ser consumidos através de múltiplos processos e canais, levando a capacidades multicanal e experiências do cliente melhoradas. O gerenciamento de mudanças se torna enormemente simplificado na medida em que o usuário cria novas versões do modelo de decisão a partir do modelo existente, com a habilidade de comparar, testar e implementar o novo modelo de forma facilitada. A conformidade regulatória também é muito beneficiada através da transparência e do entendimento comum das decisões regulatórias interpretadas e modeladas a partir das políticas e/ou regulações apropriadas. Tomada de decisões automatizada![]() As empresas também estão se virando para a tecnologia do Gerenciamento de Decisões a fim de obter um maior retorno sobre investimentos realizados anteriormente na arquitetura corporativa e porque elas estão sendo confrontadas com:
Os sistemas de negócio de hoje - um fracasso!O processo para a criação da Lógica de Negócio ainda é largamente manual, incompleto e sujeito a opiniões, erros e a inabilidade de encontrar falhas dentro do modelo. Para descrever a lógica, os sistemas de negócio atuais confiam em uma combinação caso-a-caso de comunicação direta com os usuários do negócio, documentos e planilhas preparados por analistas de negócios, e motores de regras de negócio, como aqueles encontrados em Sistemas Gerenciadores de Regras de Negócio (BRMS-Business Rules Management System). Finalmente, o processo de elicitação das decisões é, algumas vezes, governado através de um framework de gerenciamento de requisitos, como detalhado na ontologia do Framework Zachman. Se o processo não estiver perfeitamente claro, completo e preciso, espere por:
Aqui e agoraQuando requisitos, políticas e regras de negócio são formuladas usando um processo e um modelo estruturados, que impõem um método claro para a sua articulação, o resultado é um modelo claro, completo e preciso para a Lógica do Negócio. Este modelo pode ser:
Fique ligado nas nossas postagens e saiba mais sobre como o Gerenciamento e Modelagem de Decisões pode ajudá-lo a efetivamente ganhar o controle da Lógica de Negócio da sua organização, ou entre em contato para solicitar uma avaliação de prontidão e uma demonstração de modelagem de decisão. |
Transformando as Instituições Financeiras em Face de Regulações Complexas
![]() Adicionalmente a estas exigências de conformidade regulatória, os fornecedores de serviços financeiros estão sendo pressionados para facilitar e tornar mais suave o relacionamento de seus clientes com a instituição, principalmente nos processos de qualificação e aquisição de novos clientes. Os clientes de hoje, integrados a um mundo cada vez mais digital, esperam interações eficientes, convenientes e seguras com seus fornecedores de serviços financeiros, através de diversos canais de atendimento e múltiplos dispositivos. O surgimento e crescimento das chamadas fintechs (startups que desenvolvem inovações tecnológicas voltadas para o mercado financeiro) aumenta os desafios tanto para as instituições tradicionais como para os órgãos reguladores e fiscalizadores. Maior controle sobre os custos operacionaisFace a esta crescente onda de requisitos regulatórios e a necessidade de transformação digital, não é surpreendente ver a indústria financeira lutando para controlar seus custos operacionais e seu volume de mão de obra empregada. Não é incomum que grandes instituições financeiras tenham mais de 50% dos seus recursos dedicados a atividades que não geram receitas. Os líderes de negócio estão ansiosos para abraçar soluções de tecnologia que possam redirecionar estes recursos para o desenvolvimento de novos produtos e para outras atividades geradoras de valor. É por isto que os atores mais ágeis neste mercado estão em vários estágios de construção de suas capacidades de tecnologia regulatória. Por exemplo, o BNP Paribas está investindo 3 bilhões de euros para "construir o banco do amanhã", e no Brasil o setor bancário é um dos maiores investidores em tecnologia do país. O Gerenciamento de Decisões é um pilar fundamental nesta transformação regulatória. Um sistema de gerenciamento de decisões capaz pode servir como um repositório central dos ativos de conformidade regulatória, ou, de forma mais ampla, da lógica de negócio da organização. Ao centralizar a lógica regulatória desta forma, as instituições financeiras podem fornecer aderência consistente às regulações, ao mesmo tempo em que são capazes de demonstrar isto de forma transparente para os órgãos reguladores, quando necessário. O Gerenciamento de Decisões também fortalece os usuários de negócio e de operações, ao permitir que eles assumam a propriedade sobre a lógica de dos negócios. Com a transparência aumentada, o pessoal de negócio pode avaliar sua lógica de aquisição e qualificação de clientes, e torná-la o mais suave possível sem arriscar a conformidade regulatória, eliminando, por exemplo, as variações desnecessárias entre os diversos canais de contato com o cliente. Esta lógica está, em geral, enterrada profundamente dentro do código dos sistemas e aplicativos, muitos deles com décadas de desenvolvimento e manutenção desordenada, gerando um imenso gasto com a manutenção, teste e certificação de novos produtos ou de alterações nas regras de negócio ou legais. Vantagens do gerenciamento de decisõesIr além das soluções de simples gerenciamento de regras de negócio permite muito mais oportunidades para a mitigação de riscos e redução de despesas. As vantagens do Gerenciamento Corporativo de Decisões incluem:
Além da qualificação e avaliação de novos clientes, o Gerenciamento de Decisões é uma ferramenta poderosa para a conformidade com regulações como Basileia III e BACEN (e.g. Lei 9613/98 e Lei 12846/13), que estão no topo das preocupações dos líderes de negócio. Os riscos operacionais e os custos para conformidades com estas regulações podem ser minimizados e controlados através da implementação de um Sistema de Gerenciamento de Decisões. A Centus é representante no Brasil da SAPIENS DECISION, um fornecedor líder da Sistemas de Gerenciamento de Decisões de Negócio |
Modelando Regras de Negócio usando a Linguagem ArchiMate
Há algum tempo, uma pergunta foi postada no grupo ArchiMate do LinkedIn: Como modelar ou representar regras de negócio em modelos ArchiMate? Várias respostas foram apresentadas, tentando abordar a questão a partir de diversas perspectivas. Como praticante da modelagem de decisões, e profissional certificado ArchiMate®, decidi apresentar uma solução unindo estes dois corpos de conhecimento. Qualquer comentário, questão ou sugestão são bem-vindos.
Em primeiro lugar, precisamos reconhecer que as regras de negócio podem aparecer em vários domínios da arquitetura, de forma que existem várias formas "corretas" de modelá-las no ArchiMate®. Vamos ver, aqui, como modelar alguns exemplos de regras e decisões de negócio, sem ter a pretensão de esgotar o assunto ou todas as abordagens possíveis. Afinal, o ArchiMate® é uma linguagem e, como tal, permite que a mesma "história" seja contada de formas diferentes, dependendo de quem conta e de quem escuta!
Uma Regra de Negócios da Motivação até o Núcleo do ArchiMateGladys Lam, uma das maiores autoridades em regras de negócio no mundo, fornece uma excelente percepção sobre regras de negócio e requisitos de negócio neste artigo. Nele, ela estabelece uma separação clara entre regras e requisitos, e fornece uma série de exemplos bem elaborados para explicar a diferença entre eles. Em suas palavras, "Regras de negócio são listas de declarações que dizem se você pode ou não pode fazer alguma coisa, ou lhe dá critérios e condições para tomar uma decisão", e "um requisito de negócio é o que você precisa fazer para permitir a implementação de, ou a conformidade com, uma regra de negócio". Claro como água, não?
No entanto, o ArchiMate não fornece um elemento nativo na Extensão de Motivação para exprimir regras de negócio, como estas mostradas abaixo (tiradas do artigo de Gladys):
Na página 65 do padrão ArchiMate 3.0, é sugerido claramente que regras de negócio podem ser modeladas como uma especialização de Requisito. Eu discordo desta afirmação, pois entendo que (com base nos trabalhos de Ronald Ross e outros) uma Regra de Negócios é uma especialização de um elemento Princípio, como mostrado abaixo:
![]() Figura 1 - Modelagem de regras de negócio usando um elemento "Business Rule"
Este mecanismo de especialização é padrão do ArchiMate, e nesta postagem eu não entrarei em maiores detalhes sobre como ele funciona.
Da Regra de Negócio para o Requisito de NegócioSeguindo o exemplo de Gladys, estas regras de negócio devem ser realizadas de alguma forma na arquitetura, através de requisitos de negócio:
Figura 2 - Requisitos de Negócio que realizam as Regras de Negócio
Seguindo o padrão do ArchiMate, você pode usar estes requisitos para ligar as regras de negócio com os elementos do núcleo (do ArchiMate) na arquitetura que os realizam:
Figura 3 - Elementos do núcleo do ArchiMate realizam os Requisitos de Negócio
Uma regra de Negócio como uma DecisãoEventualmente, você pode modelar também a decisão de negócio que faz cumprir a regra de negócio no processo, como mostrado abaixo:
Figura 4 - Decisões de Negócio realizam Regras de Negócio
O Modelo de Decisão pode, eventualmente, ser detalhado usando, e.g., o padrão DMN-Decision Model and Notation, do OMG, ou mesmo a (ainda útil) notação TDM, mas não trataremos disso nesta postagem.
Continuando Estrada Abaixo...Nesta postagem não irei mais fundo para mostrar como modelar as Camadas de Aplicativos e de Infraestrutura do ArchiMate, onde eventualmente encontraremos um motor de regras (BRMS-Business Rule Management Systems) ou um gerenciador de decisões (BDMS-Business Decision Management Systems) que efetivamente irão executar o modelo de decisão, mas tenho a certeza que você já entendeu como as regras de negócio podem ser modeladas usando a linguagem ArchiMate.
Além disso, ficará para uma próxima postagem a discussão sobre como estas regras de negócio se conectam com as motivações, partes interessadas e regras externas (e.g. leis e regulamentos) que as justificam.
Se você tiver alguma dúvida, ou desejar compartilhar suas experiências, entre em contato com a Centus Consultoria, e teremos o máximo prazer em conversar sobre este assunto. |
TDM e DMN - Uma combinação destinada ao sucesso
A OMG aprovou, recentemente, a publicação do padrão DMN-Decision Model and Notation (Notação e Modelo de Decisão), que objetiva fornecer uma notação para decisões que seja compreendida por todas as audiências (negócios e técnica) e que permita o compartilhamento de modelos entre ferramentas de software. Para a comunidade de modelagem de decisões em geral, e para aqueles que adotaram a metodologia TDM em particular, isto é uma excelente notícia! Por que o DMN é Importante?O DMN reforça a necessidade de um modelo específico para a lógica de negócios - distinto de todos os outros tipos de modelo. O DMN, como uma especificação da indústria de software, reconhece a necessidade de uma nova classe de ferramentas correspondente. É digno de nota as empresas que integram o Comitê DMN: IBM, Oracle, TIBCO, KPI, Decision Management Solutions, Escape Velocity, Model Systems, e KU Leuven University.Cinco Filosofias ComunsA tabela abaixo apresenta os pontos comuns entre o TDM e o DMN
Modelos de processoEm 2009, o TDM introduziu o conceito de processos conscientes de decisões, definido como processos que distinguem atividades que realizam o trabalho daquelas que derivam conclusões a partir de modelos de lógica completos. O DMN também relaciona modelos de decisão com processos de negócio, como mostrado abaixo:Figura 1: Relacionamento entre modelos BPMN e DMN Cinco Diferenças1 - Público-alvoO TDM tem como alvo, desde sua proposição, o pessoal de negócios. Por isto, um de seus princípios é ser completamente isento e independente de dependências em relação à tecnologia usada para a implementação dos modelos.O DMN é uma especificação direcionada para audiências técnicas e desenvolvedores de ferramentas, e possui cinco componentes principais: notação no nível da lógica e dos requisitos, linguagem de expressões (FEEL-Friend Enough Expression Language), metamodelo, e níveis de conformidade. 2 - Nível de RequisitosO DMN prescreve uma notação para um Diagrama de Descrição de Requisitos (DRD-Decision Requirements Diagram). Os requisitos incluem as decisões e os elementos relacionados, várias formas de lógica detalhada, e as dependências entre elas. O DMN é uma notação híbrida. O TDM é um modelo de lógica pura, composto de 15 princípios que orientam as funcionalidades orientadas para modelo do TDM. A figura abaixo mostra um DRD típico:Figura 2: Parte de um DRD DMN Existem diversas maneiras de representar modelos TDM através da notação DMN. A figura abaixo contém um modelo TDM (à esquerda) e uma possível tradução utilizando a notação DMN (à direita): Figura 3: Diagrama do Modelo de Decisão TDM e sua tradução no DRD DMN 3 - Nível da LógicaUma caixa de decisão DMN pode ter ter uma forma gráfica diferente para expressar seus detalhes - por exemplo, uma expressão de valor ou um BKM. Um BKM pode ser um conjunto de regras de negócio, diversas formas de tabelas de decisão DMN, ou modelos analíticos.Uma Família de Regra TDM tem somente uma forma gráfica. Seus detalhes não são uma estrutura separada. No DMN, os detalhes da Família de Regra podem se tornar BKMs ou Decisões, com ou sem BKMs. 4 - AutomatizaçãoO nível 3 de conformidade do DMN inclui a linguagem FEEL, para automatização das decisões. O TDM não inclui uma linguagem de automatização. Atualmente, organizações que utilizam software TDM, como o SAPIENS Decision e o BiZZdesign Decision Modeler, exportam os modelos de decisão e os convertem para o código nos ambientes de execução desejados.5 - Glossário de NegóciosO DMN não inclui um glossário de negócios. O modeladores TDM usam os termos do glossário de negócios para especificar as condições e conclusões que formam a lógica das decisões, e para funcionalidade adicional (isto é, validação automática, geração e execução de casos de teste).Um Momento no TempoEstamos em um momento interessante para a modelagem de decisões:
Para saber mais sobre o Modelo de Decisão, acesse o site da Centus, ou baixe uma cartilha contendo os conceitos básicos da modelagem de decisões. Notas: [1] Até onde sabemos, o TDM é o único modelo de descrição de lógica de negócios largamente automatizado em ambiente de produção, em diversas plataformas e BRMS de mercado, em clientes dos mais variados portes e segmentos de negócio [2] com a utilização de software de apoio adequado |
Quando é importante automatizar uma decisão?
5 Passos para o Gerenciamento de Regras de Negócio de Sucesso
O gerenciamento da lógica que rege o funcionamento das organizações está, cada vez mais, atraindo a atenção dos executivos. Em diversas indústrias, como bancos, seguradoras, financeiras, serviços de saúde, telecomunicações, aviação civil, governos, e outras, este gerenciamento é, de fato, crucial para a sobrevivência das empresas. Mas como encarar este desafio, e vencê-lo com sucesso? Apenas gerenciar as regras de negócio através dos sistemas informatizados é suficiente? Quais as melhores práticas para o gerenciamento das decisões de negócio, uma nova classe de ativos organizacionais? Com base em dezenas de projetos e iniciativas de mudança que fizeram uso do gerenciamento de decisões, e obtiveram estrondoso sucesso no gerenciamento de sua lógica e regras de negócio, cinco passos fundamentais podem ser sugeridos para levar ao caminho do sucesso: Compreenda a disciplinaAntes do advento dos conceitos do gerenciamento e modelagem de decisões, expressos no livro The Decision Model: A Business Logic Framework Linking Business and Technology, escrito por Barbara von Halle e Larry Goldberg em 2009, a lógica de negócios era encontrada espalhada e enterrada em documentos de requisitos, modelos de processos, interfaces de aplicativos, e mesmo na cabeça das pessoas que operavam e desenvolviam os sistemas. Mesmo sendo uma disciplina recente, e que ainda está em evolução, o gerenciamento de decisões rapidamente encontrou seu lugar ao sol, e, hoje, é estudado e discutido por pessoas, empresas e instituições ao redor do mundo (veja o artigo). Existem diversas fontes de conhecimento sobre modelagem de decisões disponíveis. O Capítulo 7 do livro acima descreve como começar com bastantes detalhes. No site da Centus está disponível uma série de artigos a respeito. Outros sites e autores podem ser pesquisados, e muita informação começa a se tornar disponível. Com este conhecimento em mãos, você poderá avaliar melhor os impactos da modelagem de decisões na sua empresa, e o melhor caminho e os recursos necessários para um projeto de sucesso. Conheça e documente suas doresAntes de se decidir por uma nova abordagem para o gerenciamento de suas regras de negócio, é importante que você documente suas práticas atuais, e identifique as áreas de lacuna e as oportunidades de ganho que podem ser obtidas com a aplicação do gerenciamento de decisões. Procure por iniciativas que podem gerar um impacto significativo na sua empresa, tanto do ponto de vista tangível como intangível. Pense não só no curto prazo, mas também nos benefícios de agilidade e facilidade de adaptação que já se tornaram comuns nas empresas que adotaram a modelagem de decisões para o gerenciamento de sua lógica de negócios. Fazendo isto, você poderá, no futuro, comparar os resultados previstos com os resultados obtidos, e mensurar o impacto real do gerenciamento de decisões na sua empresa. Escolha o projeto piloto corretoO objetivo do projeto piloto é provar a viabilidade do gerenciamento de decisões, através da criação de benefícios tangíveis. O piloto deve ser suficientemente complexo para mostrar a extensão e a profundidade da nova abordagem, mas deve ser limitado o suficiente para ser concluído em um período de 3 a 6 meses. O projeto deve ter suficiente atenção das principais partes interessadas, e deve ser capaz de resolver um problema real de negócio. A utilização de conceitos e metodologias ágeis, como a metodologia KPIStep, pode ser uma importante medida para reduzir os riscos e os custos do piloto. A orientação de um time de especialistas com experiência de sucesso em implementações de gerenciamento de decisões é crucial. Um bom modelo de engajamento usa uma abordagem "lidere, treine, oriente", onde a competência de gerenciamento e modelagem de decisões vai sendo construída através de iterações sucessivas cada vez mais autônomas. A modelagem de decisões vai muito além de uma simples notação ou ferramenta; a abordagem correta e o gerenciamento do processo de modelagem têm papel fundamental na adoção com sucesso da disciplina. Preste atenção na sua arquiteturaO gerenciamento de decisões impacta a arquitetura corporativa, a modelagem de processos, o gerenciamento de dados, e o desenvolvimento de sistemas da empresa. Arquitetos de decisão devem estar atentos aos obstáculos à frente, para desenvolver um roteiro de integração do gerenciamento de decisões com as outras disciplinas em uso na organização que leve ao sucesso. Não empregar um arquiteto de decisão capacitado nos projetos de gerenciamento de decisões leva a uma abordagem de "tentativa e erro", que poderá por a perder todo o esforço colocado na iniciativa, e impedir que os ganhos planejados sejam efetivamente obtidos. ComuniqueÉ muito fácil ficar completamente imerso no projeto em andamento, e se esquecer de manter as diversas partes interessadas a par dos avanços. A utilização de técnicas ágeis, como reuniões diárias, listas de backlog, sprints curtos, gestão à vista, e outras, são fundamentais para avaliar constantemente o andamento dos trabalhos, corrigir os desvios da rota planejada, e levantar lições aprendidas que possam ajudar na evolução dos trabalhos. Um esforço extra deve ser dedicado à avaliação e discussão de eventuais dificuldades, e o alinhamento constante das entregas do projeto com as expectativas dos patrocinadores e das partes interessadas. ConclusãoAo seguir os passos descritos acima, você estará no caminho de construir um repositório centralizado da lógica do seu negócio e da sua empresa, o que garantirá a consistência e a acurácia através das diversas funções, departamentos, regiões e processos. A agilidade e velocidade de mudança aumentarão na medida em que a maturidade no gerenciamento de decisões evoluir, e a governança do negócio e a conformidade com as políticas, regulamentos e legislação que afetam a empresa diminuirão o risco e os custos de fazer negócios. Este artigo contém ideias e conceitos do Modelo de Decisão originalmente publicados em SapienDecision Blog: 5 STEPS FOR SUCCESSFUL BUSINESS RULES MANAGEMENT, 31 de Julho de 2015, por Michael Grohs |
Que Decisões Pertencem aos Modelos de Decisão?
Em 2009, The Decision Model (O Modelo de Decisão) foi revelado ao público. Em 2011, um novo tipo de software emergiu para suportá-lo. Recentemente, o guia BABOK v3 (Business Analysis Body of Knowledge, publicado pelo IIBA) trouxe a modelagem de decisões como uma técnica aprovada para substituir os modelos de processo na descrição da lógica de negócios. Em 2014, o Object Management Group (OMG) votou pela publicação do Decision Model and Notation (DMN-Notação e Modelo de Decisão) como um novo padrão para o desenvolvimento de software.
Então, o Que Há de Novo?Decisões não são uma novidade, mas uma mudança está acontecendo. Modelos de decisão estão agora sancionados, e milhares estão funcionando em ambiente de produção em grandes corporações. A questão agora é: que tipo de decisões pertencem aos modelos de decisão? A tabela abaixo mostra os critérios mais comuns usados pelas organizações para responder a esta questão:
Sete Critérios para Modelos de DecisãoUma forma de entender como o TDM suporta estes critérios é listar suas características e correlacioná-las com os benefícios que suportam os critérios acima:
As Quatro Características Principais do TDMJá Estivemos Aqui Antes?Há muito tempo, um novo modelo para os dados, chamado modelo relacional, foi publicado e suportado por um novo tipo de software. Dados não era algo novo. Mas uma mudança se apresentava à frente, enquanto perguntávamos: que tipo de dados pertencia ao modelo relacional? Hoje, nós sabemos que a resposta é: todos os tipos, ou quase todos (especialmente, dados estruturados). As empresas priorizaram e migraram a maioria dos dados operacionais para o formato relacional, que entregou, então, todas as suas promessas. Então, hoje, que decisões pertencem aos modelos de decisão? A resposta que se apresenta é: todas elas, ou quase todas elas (especialmente, decisões baseadas em condições que levam a conclusões). Assim sendo, é tempo de desenvolver os critérios que são importantes para a sua empresa, priorizar e começar a desenvolver os modelos de decisão que são importantes, com a certeza e a confiança que o modelo de decisão vai entregar as suas promessas. Para conhecer mais sobre o Modelo de Decisão, acesse o site da Centus, ou solicite um contato. Fontes: WHICH DECISIONS BELONG IN DECISION MODELS? Barbara von Halle - SAPIENS Decision blog
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