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Uso Estratégico de Modelos de Negócio: Introdução

Postado em 5 de fev. de 2017, por Antonio Plais

Originalmente postado por Henry Franken*, no blog da BiZZdesign – Tradução autorizada

Os tempos estão difíceis: muitas empresas estão lutando para se manter à tona nos mares revoltos da economia. Muitas organizações tentam encontrar um “oceano azul” de espaço não ocupado, mas vamos encarar a realidade: a maioria de nós está presa no “oceano vermelho” com um monte de competidores, força crescente tanto de fornecedores como de clientes, e ameaça crescente de substitutos. Realmente, podemos argumentar que é tempo de “todos ao convés” para a maioria das organizações na sua luta pela sobrevivência.

O Gerenciamento Estratégico e os Modelos de Negócio

Lidar com estes problemas é o campo do gerenciamento estratégico. Em linha com o excelente livro “Strategy synthesis”, escrito por Bob de Wit e Ron Meyer, nós definimos o gerenciamento estratégico como a disciplina que está preocupada com a questão “como devemos nos posicionar em relação ao nosso ambiente“?

No campo do gerenciamento estratégico, são usados muitos modelos diferentes como ferramentas de análise. Exemplos típicos são a análise SWOT, análise da Cadeia de Valor, análise das Cinco Forças, e a abordagem do Oceano Azul. A ideia parece ser que estes modelos fornecem uma estrutura que ajuda o estrategista a fazer o que ele (ou ela) deve fazer: desenvolver um modelo de negócio sólido que ajuda a organização a ser bem sucedida. Em linha com o livro “Business Model Generation”, escrito por Alexander Osterwalder, definimos um modelo de negócio como: “Um modelo de negócio descreve o valor que a organização oferece para os seus clientes e descreve as capacidades e parceiros necessários para a criação, venda e entrega deste valor e do capital de relacionamento com o objetivo de gerar fluxos de receitas sustentáveis e lucrativos”.

A Arquitetura Corporativa e os Modelos de Negócio

Selecionar um modelo de negócio é uma coisa, mas realmente implementá-lo é outra! É aqui que o foco muda do posicionamento estratégico para a questão “como devemos nos organizar para termos sucesso?” Este é o reino da arquitetura corporativa, uma área que tipicamente confia fortemente em modelos para a comunicação, análise e desenho da organização.

Modelos de arquitetura corporativa são usados tipicamente para guiar a organização em direção à realização de suas metas estratégicas e ligar com modelos mais detalhados (e.g. modelos de processos, modelos de informação) que em última instância ajudam as pessoas na organização a fazer os seus trabalhos.

Objetivos desta série

Preencher a lacuna entre o “posicionamento estratégico” (estratégia) e a “organização interna” (arquitetura e processos) está longe de ser fácil. Como explicado por um colega no seu artigo “Strategy and Architecture – reconciling worldviews”, parece geralmente que os praticantes destas disciplinas são de dois planetas diferentes. Nós acreditamos que o uso apropriado de modelos pode ajudar.

Para mostrar como isso pode ser feito, nos esboçamos nossa visão em uma série de postagens. Cada postagem nesta série cobre um peça do quebra-cabeças. A série como um todo responde a duas questões: (a) como podemos melhorar o processo de gerenciamento estratégico através de modelos, e (b) como podemos melhorar a execução/implementação das estratégias através do Gerenciamento da Arquitetura Corporativa. Deveria ser notado que este assunto está coberto em mais detalhes no livro indicado abaixo. O diagrama a seguir delineia os tópicos para as postagens nesta série:

blog estrategia 003

Esta série é estruturada como segue:

  • A série inicia com um delineamento do campo do gerenciamento estratégico, discutindo o que ele é, e como modelos podem ser usados neste campo. Esta postagem explicará, também, como os estrategistas procuram desenvolver um modelo de negócio sólido.
  • Na postagem seguinte, nós mergulhamos no canvas de modelo de negócio (BMC-Business Model Canvas). Mostraremos como este canvas pode ser usado para desenvolver, documentar e analisar estratégias, bem como ele pode ser usado como uma ferramenta de comunicação e inovação. Reforçaremos, ainda, a necessidade de uma abordagem sólida para a implementação.
  • A implementação é o tópico da postagem seguinte. Defenderemos o caso da arquitetura corporativa como uma forma de implementar com sucesso um modelo de negócio, e mostraremos como o canvas de modelo de negócio é um guia chave para iniciativas de arquitetura corporativa. Também tocaremos brevemente no assunto da passagem dos modelos de arquitetura para modelos mais detalhados.
  • Para ilustrar o todo, terminaremos a série como um pequeno estudo de caso, onde mostraremos a interconexão entre os vários modelos usando o Bizzdesign Enterprise Studio: desde o SWOT e Oceano Azul passando pelo Canvas de Modelo de Negócio, até finalmente chegar no ArchiMate.

Para saber mais, acompanhe a próxima postagem desta série, ou entre em contato conosco para saber como implementar estes conceitos na sua empresa.

* Henry Franken é fundador e diretor da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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Esta é uma versão eletrônica do livro A Prática da Arquitetura Corporativa, de Bas van Gils e Sven van Dijk, traduzido pela Centus Consultoria. Este livro não propõe um novo framework, teoria, ou abordagem para a Arquitetura Corporativa. Ao invés disto, os autores compartilham a experiência e as lições de vários projetos que conduziram ao […]

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