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Uso Estratégico de Modelos de Negócio: Implementação

Postado em 8 de fev. de 2017 por Antonio Plais

Originalmente postado por Henry Franken*, no blog da BiZZdesign – Tradução autorizada

Nas postagens anteriores desta série, discutimos a forma como vemos o trabalho da estratégia e os tipos de modelos que podem ser usados, e como o Canvas de Modelo de Negócio deveria ser o ponto focal para o trabalho de arquitetura. Nesta postagem, mostraremos que a arquitetura corporativa é a ferramenta para ir da estratégia e dos modelos de negócio para a execução.

A Natureza do Trabalho de Arquitetura Corporativa

Várias definições e frameworks têm sido propostos no campo da Arquitetura Corporativa. Enquanto algumas definições são de alguma forma abstrata, e focam em coisas como estrutura com uma visão, ou restrição normativa da liberdade de desenho, nós temos uma visão pragmática do que é a Arquitetura Corporativa realmente é:

Arquitetura Corporativa é a ferramenta conceitual que ajuda as organizações a obter um entendimento mais profundo de sua própria estrutura e forma de funcionamento. Ela fornece um mapa da empresa e é um “planejador de rota” para mudanças nos negócios e na tecnologia. Usos importantes da Arquitetura Corporativa estão presentes no planejamento/arquitetura sistemáticos da TI, e no suporte e análise melhorados para a tomada de decisões.

Handbook Enterprise Architecture, Bizzdesign, 2012

O objetivo principal da arquitetura corporativa é responder a uma pergunta fundamental: como nos organizamos de maneira a sermos efetivos? Deve ser observado, no entanto, que “planejador de rota” implica em duas coisas: por um lado, o “ponto no horizonte”, o ponto que queremos atingir (o qual pode ser expresso usando, por exemplo, o ArchiMate), e por outro lado a “jornada do sonho até a realidade”, a maneira de chegar lá (o que pode ser conseguido, por exemplo, através do uso do TOGAF ADM).

Ligando o Canvas com a Arquitetura Corporativa

Traduzir o canvas para a linguagem ArchiMate ajudará a analisar o impacto do novo modelo de negócios em desenvolvimento sobre o atual estado de coisas na organização. Isto pode ser visto como parte da Fase A-Visão do TOGAF ADM, e deveria disparar análises mais detalhadas nas fases subsequentes. Isto não é tão difícil como pode parecer inicialmente. Por exemplo:

  • Parceiros e Segmentos de Clientes do canvas são tipicamente traduzidos para o conceito de Ator de Negócio no ArchiMate
  • Relacionamentos com os Clientes são traduzidos através do conceito de Colaboração de Negócio
  • Atividades Principais são traduzidas em elementos de comportamento, tais como Processos de Negócio, Funções de Negócio ou Funções de Aplicativo
  • A Proposição de Valor é traduzida para o ArchiMate através do conceito de Valor, ou através de uma série de Produtos ou Serviços

Traduzir o canvas para um modelo ArchiMate é, naturalmente, apenas o primeiro passo. As fases normais do TOGAF ADM e suas técnicas, incluindo roteirização, gerenciamento de riscos, etc. podem ajudar a garantir uma implementação de sucesso.

Fechando o Circuito

O padrão TOGAF tem uma ferramenta excelente para lidar com os riscos deste processo. A Avaliação de Prontidão para a Transformação Corporativa (Enterprise Transformation Readiness Assessment) mantém projetos de transformação de negócios nos trilhos, garantindo que as novas estratégias e modelos de negócio são implementados se, e somente se, a organização estiver pronta para a execução.

Se a organização não estiver pronta para uma mudança em larga escala, ou se a proposta de mudança se mostra muito arriscada para ser implementada, então a natureza iterativa e incremental do TOGAF ADM vem em nosso auxílio: nestes casos, é mais sábio que as organizações voltem para a prancheta e deem uma nova e cuidadosa olhada no seu modelo de negócios.

Na próxima, e última, postagem desta série, apresentaremos um pequeno estudo de caso que ilustra os conceitos e técnicas apresentados até aqui.

* Henry Franken é fundador e diretor da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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A Prática da Arquitetura Corporativa

Esta é uma versão eletrônica do livro A Prática da Arquitetura Corporativa, de Bas van Gils e Sven van Dijk, traduzido pela Centus Consultoria. Este livro não propõe um novo framework, teoria, ou abordagem para a Arquitetura Corporativa. Ao invés disto, os autores compartilham a experiência e as lições de vários projetos que conduziram ao […]

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