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O Grande Problema de “Ir para a Nuvem”, e como Resolvê-lo

Postado em 16 de ago. de 2018 por Antonio Plais

Originalmente postado por Marc Lankhorst*, no blog da BiZZdesign – Tradução autorizada

Parece que tem havido um bocado de agitação ultimamente entre os CxOs em torno de ‘Ir para a Nuvem”. Uma vez que o seu potencial é tão amplamente reconhecido e promovido, e suas possibilidades parecem tão infinitas, a digitalização das organizações é o Novo Normal. Mas o que, exatamente, esta digitalização envolve? E, mais importante, como podemos explorar todo o seu potencial? Responder a estas perguntas parece ser muito mais difícil do que simplesmente seguir a tendência e ‘apenas fazer isso porque todo mundo está fazendo’.

Nesta postagem, nós enfatizamos a importância de encontrar oportunidades no mercado que realmente se encaixem nas metas de negócio da organização.

Encontrando oportunidades que se encaixem na sua estratégia

Para fazer isso, as organizações deveriam decidir sobre as suas prioridades de investimento com base em uma avaliação do mercado e das suas oportunidades levando em conta critérios relevantes para o negócio, e agir de acordo com estas decisões. É aqui que o Gerenciamento de Portfólio Corporativo (EPM-Enterprise Portfólio Management) entra no jogo. O EPM é uma abordagem de gerenciamento de portfólios integrada que pode suportar a alocação de investimentos para várias categorias de ativos da organização, tais como capacidades, aplicativos ou infraestrutura. Ele ajuda na criação de um conjunto saudável de programas e projetos que realizam as metas estratégicas da organização.

Existe uma diferença entre gerenciar as coisas que você tem (ativos) e as coisas que você quer (mudanças). Gerenciar um portfólio de ativos significa considerar quais ativos adquirir, manter, mudar, substituir ou desativar. Com base nestas decisões, iniciativas de mudança (por exemplo, programa de Digitalização) são formulados para realizar as mudanças propostas. Estas iniciativas, por sua vez, podem ser gerenciadas em portfólios, onde as decisões sobre alocação de recursos e investimentos são feitas.

Tomar estas decisões se torna mais fácil se existe clareza em relação à contribuição destas iniciativas para as metas estratégicas, os riscos, seus custos de implementação e seu impacto sobre os custos operacionais. Para visualizar isto, as organizações geralmente usam planilhas simples como, por exemplo, a mostrada abaixo:

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Os projetos destacados relacionados com a nuvem mostram uma mudança significativa de CAPEX para OPEX. Isto é, geralmente, um motivador financeiro importante para as organizações levarem os aplicativos para a nuvem. Elas não precisam mais investir seu capital em licenças, infraestrutura e suporte, mas elas simplesmente ‘pagam o que elas usam’. Isso melhora indicadores financeiros importantes, tais como o retorno sobre o investimento de capital (ROIC).

Mais ainda, muitas organizações não precisam de toda a capacidade de sua infraestrutura de TI todo o tempo. Se você lida com picos de demanda (por exemplo, na temporada de compras do Natal), uma solução escalável na nuvem é naturalmente muito mais efetiva em termos de custo do que ter e manter toda esta capacidade ao longo do ano inteiro.

Para vários propósitos, planilhas como a mostrada acima podem ser muito úteis. No entanto, estas visões sobre o impacto dos projetos na organização ainda parecem ser um mero palpite, baseado na intuição (‘julgamento de especialistas’). Isto é porque lhes falta um importante aspecto quando considerando o impacto: seu relacionamento com as várias categorias de ativos da organização acima mencionados.

Usando a Arquitetura Corporativa para habilitar a tomada de decisão de investimentos

Ir para a nuvem ou outros projetos de digitalização podem ser bastante demorados e, por isso – entre outras razões – apresentam um risco substancial de fracasso. Por causa de sua magnitude, o impacto de tais projetos é difícil de predizer, quanto mais para servir de base para decisões. É aqui onde a Arquitetura Corporativa pode ser de grande ajuda.

A Arquitetura Corporativa é uma grande base para fazer o EPM, uma vez que ela fornece o modelo subjacente que é necessário para comparar diferentes visões através da organização, habilitando uma melhor tomada de decisão (sobre investimentos). Essas visões podem ser usadas, por exemplo, para fazer um cálculo de custos para diferentes alternativas de investimento, para avaliar suas dependências, riscos e impacto no estado atual ou, ainda mais interessante, determinar seu valor estratégico para a sua organização.

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Esta figura mostra, de baixo para cima, que vários programas de mudança realizam certos platôs da arquitetura que, por sua vez, realizam requisitos e metas estratégicas. Os programas em si consistem de vários projetos. Ter esta rastreabilidade de baixo até em cima permite que você atribua um valor para a contribuição destes projetos para a estratégia da empresa. Este valor estratégico é mostrado na figura abaixo, junto com os custos e riscos dos projetos. Estas três métricas são critérios importantes quando decidindo sobre a priorização de projetos.

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Estes exemplos ilustram as possibilidades de uso da Arquitetura Corporativa para determinar o impacto dos projetos, não apenas por instinto, mas através de relacionamentos validados com outros aspectos da sua organização e sua estratégia, desta forma criando uma base melhor para as decisões de investimento.

No contexto da computação em nuvem, o uso integrado da arquitetura corporativa e do gerenciamento de portfólio tem ainda outras vantagens. Por exemplo, a conformidade regulatória é um fator importante para decidir sobre iniciativas de nuvem. O uso e a localização dos dados pessoais, por exemplo, é estritamente regulada na União Europeia (e também o será no Brasil), o que significa que eles não podem ser armazenados fora da União Europeia. Bons modelos de arquitetura e ferramentas apropriadas permitem que você rastreie a localização dos dados através da arquitetura.

Dependendo da cultura de investimentos da sua organização e das preferências dos decisores, escolha a análise e a apresentação das oportunidades de investimento que são mais adequadas. Para organizações com uma alta maturidade em Arquitetura Corporativa, poderia ser aconselhável combinar o Gerenciamento de Portfólios com a Arquitetura Corporativa ao tomar decisões de investimento. Para uma discussão sobre este assunto, baixe o artigo ‘Da Estratégia à Implementação com Sucesso do Gerenciamento de Portfólio Corporativo‘.

* Mark Lankhorst é Gerente de Consultoria & Evangelista-Chefe de Tecnologia da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

 

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